O Grupo Zumbi de Cultura Popular surgiu em 1995 no núcleo habitacional do Valentina de Figueiredo em João Pessoa - PB, passando pelo bairro da Torre e aportando hoje no Ateliê Multicultural Elioenai Gomes e, dentro de uma filosofia cívico-cultural, procura desenvolver as atividades Afro-Paraibanas, buscando uma maior conscientização dos moradores do Centro Histórico.
Esse trabalho visa justamente à captação e à divulgação da cultura afro junto aos jovens e adultos residentes no Varadouro e adjacências. Cultura essa expressa na dança, na percussão, no maracatu, no maculelê, bem como na capoeira, carro chefe do projeto, visando com isso o fortalecimento da cultura popular como um todo.
Trabalhar o projeto Capoeira Enquanto Cultura em conjunto com o Ateliê Multicultural Elioenai Gomes se torna uma ação muito oportuna, a considerar pela experiência vivida pelo ateliê nesses mais de 26 anos de atividades na área de artes plásticas e áreas afins. Outro fator determinante é a conquista da comunidade capoeirística com a confirmação da capoeira como patrimônio imaterial em julho do ano de 2008.
A cultura popular no Brasil, ou folclore como é referido por alguns estudiosos, apresenta uma gama de variações no âmbito das suas expressões de arte, lazer, música, dança e culinária. Dessa forma, o Grupo Zumbi de Cultura Popular se propõe a desenvolver um trabalho de conscientização com jovens estudantes, adultos e a comunidade de modo geral a preservar e elevar o valor histórico, artístico e educacional da cultura popular.
Diante do grande valor histórico embutido na cultura popular, a proposta do Grupo Zumbi de Cultura Popular é oportuna e benéfica aos moradores do Varadouro e ao Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, que irá supervisionar em suas dependências, a prática da capoeira, da Dança, do Maracatu e do Maculelê e com isso, elevar o nível de conscientização de todos aqueles que buscam uma forma alternativa de promover e desenvolver a cultura popular.
Hoje em dia, a capoeira tem atingido toda a sociedade na formação do caráter daqueles que buscam na mesma uma forma de manter o equilíbrio mental, emocional e educacional, bem como, o lado esportivo de uma capoeira com sua visão voltada para a prática cultural, ensinada dentro dos padrões éticos e morais do meio esportivo, cultural e educacional. Portanto, se faz necessário a análise da linguagem utilizada pela comunidade que pratica a capoeira hoje, a filosofia de vida, a visão critica dos grandes mestres com relação ao comportamento discriminatório da sociedade da época através dos cânticos, onde era e ainda o é ilustrado em suas aulas e ensinamentos, mostrando aos novos aprendizes o engajamento social. Esses fatores são essenciais num contexto lingüístico e literário para se entender o processo de aceitação da sociedade nos dias de hoje.
O projeto de trabalho proposto pelo Grupo Zumbi de Cultura Popular visa exclusivamente, passar aos estudantes das escolas públicas e privadas, comunidade e a sociedade de modo geral, os contextos literários e lingüísticos, bem como os benéficos valores que contêm essa arte popular que é a Dança, o Maculelê, o Maracatu e a Capoeira.
